Meo deus do céu, por quê?
Roberta Williams se ACHANDO, heim? Auuu, eu criei os adventures, tudo que faço é bom. Achando que é game designer, heim? Só porque fez o King's Quest. Mas King's Quest era barbada.
Não, sério.
Fiz o King's Quest, sou a dona da Sierra, logo tudo que faço é bom e estou pronta para partir para NOVAS TECNOLOGIAS.
Este jogo é incrivelmente ruim, talvez seja o pior adventure que existe no universo. Se rolar um universo paralelo, talvez continue sendo o pior adventure que existe.
Os gráficos são a fina flor da bagaceiragem: filmes digitalizados com qualidade extremamente tosca em 256 cores, atores de filme triplo z ultra baixo escalão que ficam abaixo até de atores pornôs ao ponto de tu pensar que se tivessem contratado o Ron Jeremy pra ser o persongem principal o negócio ficaria mais bem feito, unidos a cenários criados no Deluxe Paint 3D do mal.
Sim, a união, a CONVERGÊNCIA de tudo que existia de errado em termos de jogos pra computador no ano auge da tosquice, 1995, está aqui: jogos com filmes interativos, atores horríveis que não chegam a ser nem engraçados no mau sentido, com 3D hiper tosqueira vagabundo, daqueles efeitos que conseguem prejudicar até o Fuga de Los Angeles, aqueles caseiros pra caralho que ficariam incrivelmente melhores se fossem feitos em animação convencional, embora isso ainda fosse ficar totalmente destoante do restante do jogo, mas ao menos não seria esse... essa... loucura! Parece feito pela Renato Aragão Produções, só que... esparta! O cenário é um lixo risível do cacete, perde feio pras piores tentativas feitas até então de unir digitalização com 3D. Under a Killing Moon é obra de arte perto disso, e já era bem ruim, e Return to Zork então é a oitava maravilha do mundo. Meu, tu não tem noção do quão ruim é o cenário. Se fizessem de papelão seria melhor. Se usassem os efeitos especiais do Chaves e Chapolim seria muito melhor. E o PEOR é que gastavam um monte de dinheiro pra produzir esses 3D tosco e essas filmagem de fundo de quintal...
Mas a Sierra, que nem o magrão que o padre come no Como Matar Seu Namorado, não tinha medo de experimentar e tinha muita grana pra queimar. Claro que queimaram tudo e enterram os adventures com esse Phantasmagoria e as continuação lixo do Gabriel Knight e foram à falência, mas tudo bem. Pelo menos ainda fariam o excelente Leisure Suit Larry 7.
Senão vejamos, em Phantasmagoria até a história é o extremo da picaretagem. Roberta Williams se achava a ESCRITORA, depois de ter produzido os épicos King's Quest e suas histórias intricadas em que o Rei Graham tinha que procurar os tesouros do reino ou encontrar os ursinhos carinhosos e a chapeuzinho vermelho e resgatar a rainha capturada por uma bruxa malvada, e assim partiu para uma história ADULTA, um lolépico moderno de horror que consegue ser pior que os filmes vagabundos daquela época, tipo eu sei o que vocês encoxaram no verão passado: neste adventure hediondo, nesta abominação em forma de software, tu comanda uma mulherzinha burra pra caralho, e no primeiro episódio da obra dividida em sete fases, cada uma armazenada convenientemente num CD diferente, tens que encontrar um livro maldito, abrir ele sem querer e libertar uma fumaça verde flutuante de dar inveja aos piores efeitos especiais das novelas de mutantes da manchete, fumaça esta que sairá flutuando e POSSUIRÁ o marido da personagem, transformando-o de jovem suquinho pau mandado num demente assassino que passa o jogo dando risadinha de Amadeus. Após isso, deverás passar os próximos capítulos mazanzeando pela casa assombrada, um dos piores cenários jamais criados até hoje para qualquer MÍDIA, com a pior mistura de cores já imaginada, devendo até as CUECAS para os hippies chapados dos anos 60, andando pela ARQUITETURA mais pau no cu e imbecil jamais imaginada, desvendando os puzzles mais CABAÇO e sem sentido e chatos e fáceis da história da humanidade, encontrando personagens que são a fina flor do lixo dos coadjuvantes de novela da televisa, tudo coisa que podia ser cortada sem prejuízo nenhum de nada e que serve só pra enrolar, até o ultimo capítulo, no qual tens que fugir do marido endemonhado e matar ele antes que ele te pegue, para daí enfrentar o demônio mais risivel de todos os tempos, uma mistura do alien com desenhos feitos no paint por uma criança retardada e que não tem animação e que aparece junto com umas fumacinhas e uns barulhos de monstro do Jaspion.
Devo dar um exemplo dos puzzles, todos perfeitamente integrados com a história ADULTA e totalmente útil e que só servem pra sacanear ainda mais o jogador: uma hora tu entra no estábulo da casa e encontra uma velha que estava caminhando lá por cima, o chão caiu e ela ficou enterrada e presa num buraco na madeira. Tens que resgatar ela. Para isso precisas pegar uma pá ou algum outro artefato mal digitalizado ali no fundo do cenário, clicar com ela numa cordinha, puxar a cordinha até a mulher, que daí vai amarrar a corda nela e ela vai sair do buraco. Fim. É um puzzle clique para vencer. MAS... Mas durante todo o puzzle a velha fica gritando, espernenado e fazendo escândalo e fica rolando uma musiquinha que mil vezes eu queria é tar em outro lugar, vendo o Terence Hill e o Bud Spencer brigar por causa de um buggy de praia. Os efeitos e a história eram melhores pelo menos.
Sério, a maioria dos outros puzzles consistem em atividades extremamente imbecis e burocráticas piores que essa.
A interatividade, então... Meu Deus, a interatividade de Phantasmagoria é uma perversão de tudo o que é natural e justo e bom no mundo. Tu pode clicar em vários objetos do cenário só pra rolar interações belíssimas. Como por exemplo em todos os espelhos, com o que, a cada clique, vai rolar um filmezinho da mulher se olhando no espelho e ajeitando os cabelos de uma maneira diferente. O mesmo pode ser feito com as torneiras, com o que temos centenas de filmes dela lavando as mãos de modos diferentes. A mesma coisa com pentes, escovas, armários e etc. Cada ação gerará um filmezinho extremamente longo em que ela executa DELIBERADAMENTE os passos de atividades fúteis e toscas que ao menos poderiam ter sido feitos de forma rápida, mas para mostrar como o bagulho é interativo e bem feito e não pouparam esforços, que estamos realmente diante de uma mega produção da hollywood dos gaymes, do futuro adulto dos jogos de computador, cada ação, cada passo, é filmado nos mínimos detalhes, levando muito mais tempo que precisa. Ao fim de cada coisa, de cada movimento, a mulher fica olhando pros lados, ajeitando a roupa, se remexendo, se revolvendo, gastando tempo e vídeo digitalizado para nada além de torrar a paciência do jogador e prolongar a deliciosa experiência que é Phantasmagoria, até finalmente devolver o controle pra tu apreciar com mais gosto a total liberdade que é ficar passando o mouse na tela e procurando mais hot spots pra clicar e ver ainda mais arte que não serve nem pra avançar o jogo. Infernal pra cacete. Lógico que é por este motivo que o jogo ocupa tantos CDs, sete, um recorde para a época. Na boa, se ao menos acontecessem coisas interessantes e bizarras. Mas não. É como se o jogo todo fosse uma simulação de mulher burra. O que é redundante, segundo meu considerado Sherlock Holmes, mas tudo bem.
Um dos momentos mais hediondos é quando ela usa um martelo pra quebrar umas madeiras numa parede e atravessar uma passagem secreta. Vocês não tem idéia. Não tem noção. A coisa é fascinante pra cacete. É ver pra crer. É quase m a r a v i l h o s o. É bomba, bomba, BOMBA! As madeiras do cenário são incrivelmente finas, tipo aquelas de isopor do Chapolim, aí ela fica meia hora forcejando e atuando pra remover cada tabuinha, até tirar dezenas dela, num dos filmes mais longos e excruciantes do jogo. Custava cortar direto pra parede já aberta? Eu sei, a Sierra estava experimentando, amigos, a digitalização era novidade, eles queriam mostrar que a digitalização CERTAMENTE iria substituir com perfeição e para sempre as animações desenhadas. Néam? Como se em algum jogo o bonecro passasse duas horas escavando pra nada. Até no Monkey Island rola o bom senso de aparecer escrito "10 minutos depois..."
Bah, pior fase dos videogames. Só não perde para aquela época do 3D lixo que veio a seguir, o 3D de Cyberia, Hell e do Playstation 1. Os jogos morreram no fim dos anos 90 e só foram ressurgir com o playstation 2 e muita coisa se perdeu aí, mas divago. Vamos retornar à mecânica avantajada de Phantasmagoria.
Mal tem objetos pra tu pegar e os usos deles são bem na cara, os puzzles são todos incrivelmente fáceis, apesar de bestas e sem lógica, e tu ainda conta com uma caveirinha pau no cu pra tu clicar e levar dicas, seu grande chupador de rolas casual. É um daqueles jogos feitos só pra mostrar pros amigos a potencia do seu pczão multimidia, pra impressionar as GATAS.
As músicas são um lixo supremo, tanto em qualidade (de radiola) quanto em composição.
A história, então, pra dizer que é adulta, rola uns sangue nada a ver, umas cena de morte e violência ultra-tosca com detalhes que não precisava, como uma foice gigante dividindo o célebro da mulher ao meio se tu te deixa capturar no final e outras bobagens com efeitos especiais condizentes com o restante da obra. Para não ferir a minha sensibilidade, a Sierra decidiu que pode ligar censura que desativa essas coisas e também faz sumir a parte em que se inicia uma música de tecladinho vagabundo na apresentação e a mulher decide ir dar o cu numa cena digna do cine privé da Band.
Bah, em 95 eu já tinha pressentido que Phantasmagoria era tudo o que existia de ruim na época e só fui jogar bem depois para conhecer. Me arrependi. Arrependam-se também, este jogo tem valor histórico e exemplifica todos os defeitos daquela época. Nada se salva, só a coragem da Sierra de experimentar e fazer um negócio desses, caro pra cacete e que acabou afundando eles ainda mais.
Tem outros adventures feitos numa evolução do engine usado aqui, como o Gabriel Knight 2, que é bem melhor (é ruim, mas ainda assim é bem melhor) e o Phantasmagoria 2, e rolou também uma conversão pro Sega Saturn que parece ser ainda mais hedionda, mas que pelo menos é dublada em japonês.
Em resumo, Phantasmagoria é como um super eclipse do mal com a conjunção correta dos astros para uma seita satânica que quer matar criancinhas e invocar demonhos e trazer o inferno para a terra: tudo o que havia de errado na época está aqui em sua maior intensidade: os hediondos filmes interativos que só servem pra piorar o jogo e que custam caro e que tem qualidade duvidosa e atores piores que os comediantes brasileiros atuais; o 3D lixo com animações pré-renderizadas ultra caras e que parecem feitos de estilopor e que seriam muito superiores se tivessem sido feitos no méxico pelo nosso considerado Roberto "Chespirito" Bolaños, autor de 2066; história adulta de LUXO com cenas de violência tosca mal feita pra nada; cenas de alto teor erótico dignas de um Emannuele Parte 17 - As Aventuras de Emannuele em Marte; puzzles simplificados e retard que estão ali só pra constar; 80% de jogo que não serve pra nada, só pra criar uma ATMOSFERA de sei lá o que e de enrolação e mais um monte de arte que esqueci de mencionar porque bloqueei pra sempre. Recomendo jogarem isso. Vocês EXPERIMENTARÃO e dirão então era isso que se jogava nos anos 90? E eu direi NÃO, tá louco? Ninguém jogava essa merda, a Sierra afundou a carreira nessa coisa. Filme digitalizado não dá certo. Destruiu o mega cd. Personagem digitalizado só funciona quando não rola ATUAÇÃO, como em Darkseed 1 e Mortal Kombat. O resto é sacanagem. Podiam ter esperado alguns anos e lançado tudo num DVD só? Podiam ter esperado e lançado num CD só quando rolasse esquemas de compressão de vídeo de qualidade? Só que daí ninguém mais teria coragem de fazer essas tosqueiras.
Fiquem com as imortais palavras da Gazeta de Pissaraguatuba daquela época e comprem esta obra no GOG, um site caça-níquel que vende jogos velhos de pc com o emulador dos-box embutido:
"Phantasmagoria é o adventure da mulher moderna, uma daquelas jóias raras que merece ser apreciada no escuro, com uma boa garrafa de cognac depois de um dia maçante de trabalho no escritório datilografando as cartas de seu chefe no novíssimo windows 95 e fazendo o necessário bolagato para o mesmo quando ele sai de importantes reuniões de negócios, não sem deixar de lavar a louça antes de ligar a MÁQUINA."
Chupa, girl gamers.
"It feels like time ill spent - there is literally one whole chapter (and one whole CD) solely devoted to Adrian visiting town and buying drain cleaner" - Hardcore Gayming
Na real Phantasmagoria mostra o que acontece quando tu deixa uma mulher na chefia de uma produção de videogame ou de uma companhia como a Sierra. Deus de o início Roberta Williams comandou seu marido pau mandado e seus programadores pra fazerem os joguinhos dela, que nem aquele Mistery House e outras tosqueiras. Tudo bem, os bagulho eram feito praticamente em basic e não gastavam nada, e como não tinha outros jogos, vendiam. Mas tudo isso acabou nesta orgia de desperdício de dinheiro e ESTOU FAZENDO ARTE que é Phantasmagoria. Este jogo merece ser experimentado. Vem de uma época que criou o Win 95 e do mesmo lugar do mundo de onde vieram coisas como Dragon's Lair ou aquele artefato que era um videocassete com uma luzinha dependurada que brilhava na hora que tu podia atirar na tela e que atirar na tela só servia pra marcar pontos, porque no filme não acontecia nada. Como era o nome disso? Ah, sim, o Action Max: http://en.wikipedia.org/wiki/Action_Max
É uma das grandes vergonhas da humanidade. É feito por gente que rabisca qualquer merda e diz Veja, acabo de criar um novo jogo, sou um inventor. Em meu jogo, os jogadores podem escolher se vão ser um negro ou um branco. Os brancos são a maioria, começam com um milhão de dólares e podem comprar propriedades em qualquer lugar. Os negros são minoria, começam com dez mil, não podem comprar algumas propriedades, pegam cartas de um deck separado e ganham menos dinheiro quando fazem a volta no tabuleiro. E não estou brincando, mioguios: http://boardgamegeek.com/boardgame/7245/blacks-whites
In 1970, Psychology Today had a board game division which released the controversial game Blacks & Whites based on the famous Monopoly game. It was conceived as a playful way for middle-class whites to get the hang of the frustrations experienced by African Americans. In the first version, however, the black player could not win! Since this was too frustrating Psychology Today redesigned the game, taking suggestions from militant black members of US in San Diego. The new rules allowed the black players to give extra bonus cards to a brother or sister.The cards provided helpful tips such as "When a group of players get together as a community, swapping property and making personal loans, they become invincible." - http://themostfuckedup.com/toys/racism-board-game
Resenhador:
- ATENÇÃO, burrinhas -
Este review é uma piada. Nós respeitamos muito as mulheres e não achamos elas inferiores e Roberta Williams teve grande importância no mundo dos jogos de computador e o marido dela não era um pau mandado e a Sierra não foi à falência. Exceto que foi mesmo. Mas não por causa dela, claro. Na realidade, mulheres são excelentes programadoras e executivas e com mais delas fazendo jogos, tudo estaria melhor.
Tudo o que está escrito aqui é mentira e sacanagem e serve só para fazer rir, é tudo uma simples piada politicamente incorreta como as contadas pelo grande Marío Lírio, o Costinha. Vamos rir, pessoal! Deixem de ser chatos e patrulhadores, estamos apenas bricando aqui. Vamos lá. Olha, chegou mais um filho da puta atrasado, senta aí. Bom dia, meu senhor, como vai a mãe? Ótimo, ótimo, sensacional. Mas bom, como eu ia dizendo, a bichinha, a bichinha, néam?, entrou correndo no salão e disse: AI MEO DEOOOOOOS! MEU DEOZZZZZZZZZZ! AAAAAAAAI! AI MEU DEOS! Mórreu Ódete! Mórreu Ódete, eu não acredito! Mórreu Ódete, o melhor cu da praça!
Aí eles foram lá ver no enterro e tava lá o caixão, mas só o rabo de Odete inteiro. Mééééo.
Moral da história: o que é do homem o bicho não come.
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