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tu se acha o ardcór das parada?

Músicas Enjoadas de MSX Atari! Ataaaahri

  • Windows
  • 2006
  • DVD
  • 1
  • 3D
  • jogando um arpão no monstro marinho

  • atirando no gigante

  • pulando pela janela no meio do jogo, nao é demo

  • perdendo a cabeça

  • os espanhol filho da puta cheios de tochas

  • matandou m passarinho

  • armadilhas de urso. podes desarmar com balas ou faca.

  • aaah. matar espanhois. que delícia.

  • chabimga! espanhol filho da puta

  • chutando um espanhol

Esta versão é uma conversão bem porquinha do Resident 4 de Playstation 2, com as texturas vagabundas do PSX em vez das do Game cu do Nintendo e exigindo altas placas de vídeo pra rodar, apesar de que poderia rodar tranquilamente em placas mais vagabundas (tudo pra te obrigar a upgradear o hardware).

Mas mesmo assim vale a pena jogar. É excelente e totalmente inovador. Não é mais aquela mesma visão dos outros Resident Evil, agora a camera fica sempre atrás do boneco, te seguindo, fazendo ser quase que 1st person, só que com menos motion sickness por ficar mostrando o boneco. Os cenários são bem grandes e reduzem bastante aqueles carregamentos irritantes das outras partes, e a maioria é ao ar livre, em florestas e vilarejos, mas contigo podendo atravessar casas e construções. (Os outros só se chamavam Resident mesmo porque o nome Biohazard ia confundir com uma banda trash, segundo mentiras oficiais da Capcom.)

E o jogo é cheio de ação, com mais ação ainda que o 3, sempre com dezenas de inimigos de perseguindo por todos lados e fazendo coisas variadas pra te pegar.

Tipo, logo na primeira parte, tu pode sair correndo pelo meio deles, matando todo mundo, ou subir as escadas de uma torre (daí eles param de te seguir e jogam coqueteis molofucker na torre), ou entrar numa casa e bloquear a porta e as janelas com armarios. Claro que eles vao MACHADAR, EMPURRAR e SERRAR a porta e as tuas barreiras pra poder entrar, então tu pode te refugiar no segundo andar. Eis que eles levantam escadas e começam a subir por elas, e tu podes derrubá-las quando eles tão na metade do caminho pra causar dano.

O controle é extremamente simples e quase tudo é feito por um botão de ação que assume diversas funções de acordo com a tua posição: se tás perto de uma janela, ele serve pra pular através dela, como também serve pra pular buracos, abrir portas (ou chutar portas se tu aperta duas vezes), subir escadas e corda, erguer e derrubar escadas, empurrar objetos, tudo bem rápido e de forma intuitiva. Planejaram muito bem mesmo o joguinho, tanto que não consegui perceber nenhum bug ainda (o que é muito comum nos jogos recentes), e rolam vários perfeccionismos, como as balas que caem na água jogarem respingos e o fato de se tu OLHAR pra cima quando a mulher não tá de saia, ela não te chamar de tarado.

E ficou bem arcadezão mesmo dessa vez, tiraram tudo que era puzzle besta, ficou só um ou dois bem rápidos, quase não tem que dar voltinha, cada cenário novo tem mais surpresas e armadilhas, rolam bifurcações e até os DEMOS são interativos: de repente, no meio de um demo, acontece algo com teu boneco e tens que SOCAR RAPIDAMENTE algum botão pra ele reagir, meio que como nos antigos jogos de filmes interativos mas dessa vez bem feito.

Finalmente pararam de copiar Alone in the Dark. Pelos demos que mostravam parecia que tinham se inspirado no Silent Hill dessa vez, mas até essa idéia abandoram e refizeram tudo, tentando ser originais. Este jogo é realmente inovador.

E o negócio é tão ARCADEZÃO mesmo que a sensação é a de estar jogando um arcade bom dos anos 80, só que em 3D. Pra teres uma idéia, colecionas moedas e tesouros que podem ser usados nos mercadores pra comprar itens e armas, e os inimigos mortos deixam bônus.

Pra terminar, nem zumbis tem mais. Agora tu enfrenta ESPANHÓIS! Claro que os espanhois são praticamente como os zumbis, só que podem correr, usar armas e falam "Mierda" e "Carajo". (Deve ser o jogo com mais NOME em espanhol que existe.)

Tu é o mesmo personagem policial do Resident 2, só que agora com visual mais EMO, contratado pelo PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS pra ir pra Espanha resgatar a filha dele, sequestrada por uns espanhóis fumetas. Logo que tu chega lá tu te depara com os... ESPANHÓIS, essa nova e ameaçadora raça de monstros. Não consigo parar de rir sempre que jogo isso. Ainda bem que não é no Brasil ou, conhecendo a Capcom, eles seriam verdes e dariam choque.

Como se não bastasse, MOSTRARAM PRA KONAMI COMO É QUE SE FAZ pra criar um personagem secundário que te segue e deves proteger. A bonecra não fica se expondo desnecessariamente aos inimigos e nem atrapalha teu caminho, e tu pode dar comendos pra ela do que fazer: seguir, esperar ou se esconder em alguma parte do cenário. E se ela tá sendo capturada, ela te chama.

Mas assim, esse jogo é extremamente complexo e ao mesmo tempo intuitivo e fácil de aprender, repleto de surpresas e com jogabilidade extrema. Finalmente DOMINARAM a habilidade de fazer jogos 3D. É tão bom quanto Metal Gear Solid 2, só que com mais jogo e menos enrolação. Diversão total, recomendo, ganha quatro polegares estendidos.


Faço aqui um adendo ao review porque tem muita gente (gente? não valem o ar que respiram, segundo Paulo Francis) dizendo que preferiam que o Resident Evil voltasse a ser como no início, com puzzles e em locais menores.

Claro está que esses caras não viam que os puzzles dos jogos antigos (todos os que foram feitos antes do resident 4, que foi a partir de onde começaram com essa difamação) eram meros elementos artificias colocados pra fazer o jogo durar mais, porque a tecnologia não permitia cenários grandes e os caras tinham que fazer o jogador ficar dando voltinha atrás de item pra coisa durar bastante e não acabar em 10 minutos.

Dizem que os jogos antigos eram mais inteligentes por causa desses puzzles.

Burrice. Rematada burrice.

SENHORES, esses puzzles consistiam em, francamente, ir buscar uma chave quadrada pra encaixar na porta quadrada, a chave-triângulo pra encaixar na porta-triângulo. Era coisa nível teste de encaixar mesmo, daqueles de pré-escolar. Não tinha dificuldade, não tinha graça, era claramente embromação. Era jogo de zumbi, porra, não era jogo de ficar encaixando pecinha.

Mas ok. Querem puzzle?

Então sugiro que façam puzzles estilo The Castle ou Eggerland Mistery no meio do próximo Resident Evil. Quero só ver. Os mesmos caras vão chorar. Vão chiar, "auuu, é difícil demais, é impossível, é obscuro". Não queriam puzzle? Pois que façam puzzles inteligentes, quebra-cabeça mesmo e não fetch quest enchedora de linguiça. Quero ver botar puzzle The Castle ou até coisa do nível do Alone in the Dark original no Resident Evil. Não ia ter jeito. Os caras iam ver e nunca mais iam chegar perto.

Bando de reclamão mongol. Resident Evil 4 salvou a série. Consertou o jogo.